Bio

TRAJETÓRIA – Dani Drumond

 

08-11-2020

Natural de Belo Horizonte/MG, Dani Drumond (Daniel Drumond Ribeiro, 27 anos) é graduado em Comunicação Social pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atua como documentarista, diretor de fotografia, montador e videomaker freelancer desde 2015. Possui experiência em cinema etnográfico e ambiental e trabalhos junto a comunidades tradicionais e periféricas, assim como com ONGs e projetos sociais, empresas e artistas.

Estudou Cinema Documental nos Ateliers Varan, escola francesa itinerante de ensino e realização de documentários, e teve, além dessa, outras formações complementares, como Documentário para Cinema e TV no b_arco Centro Cultural, Direção de Fotografia de Cinema no Ateliê Bucareste, Filmworks I na Academia Internacional de Cinema e Luz marginal procura corpo vago, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Iniciou sua carreira como fotógrafo still com foco em retratos e fotografia documental. Seus primeiros trabalhos fotográficos foram divulgados em uma edição completa da Revista Luso-brasileira de Artes Sub.Versa. Em parceria com o Projeto Pequi, da Universidade Federal de Minas Gerais, Dani Drumond começou seu trabalho audiovisual retratando a Comunidade Quilombola de Pontinha, em Minas Gerais.

Sob a orientação dos professores dos Ateliers Varan, dirigiu e fotografou, na oficina H2O Cine Recife, seu primeiro curta-metragem, Carne e Casca (2016, 16’), vencedor do Prêmio do Festival International de Films Pêcheurs du Monde. O documentário retrata Mosquito, o pescador de sururu mais antigo da Ilha de Deus, sua relação com o trabalho, o Rio Capibaribe e sua família. O curta teve sua estreia no Cinema São Luiz, em Recife, e foi exibido em circuitos e festivais nacionais e internacionais.

Contemplado pelo edital Outra Parada, da Brazil Foundation, Dani Drumond realizou, produziu, fotografou e montou o Filadelphia (2018, 7’), vencedor do Award for Working Class Solidarity, do Candian Labour International Film Festival, e foi premiado como o melhor curta-metragem do Festival Audiovisual Vera Cruz (Goiânia/GO, 2018) segundo júri popular. Além disso, o filme foi exibido em  uma série de festivais nacionais e internacionais. O filme se passa em uma cooperativa de catadoras de material reciclável no extremo leste de São Paulo na qual trabalham somente mulheres. O curta-metragem trata das relações de trabalho na triagem de materiais recicláveis e da questão da maioria feminina na atividade. 

No intuito de documentar os afetos e contar histórias daqueles que atravessam sua vida, Dani Drumond realizou, fotografou e montou os filmes Banzo (2018, 3’); e Quero fazer contigo o que faz a primavera às cerejeiras (2020, 13’), ambos tendo sua estrea internacional no Interdoc, na Rússia. O primeiro, sobre sua mãe, a professora Maria Auxiliadora Drumond, se passa no Pantanal, onde ela passou parte da juventude trabalhando como bióloga. O filme foi finalista do concurso da World Nomads em 2018, seleção oficial do festival 17FILMS, em Munique, na Alemanha, e exibido no festival Cel.U.Cine, em Niterói. O segundo é um testemunho afetuoso do reencontro de um amor gestado virtualmente por meses estreará no 13º MOSCA – Mostra Audiovisual de Cambuquira.

A quarentena de 2020 e o consequente retorno à sua cidade natal gerou dois filmes. Temporal (2020, 1’), é um clipe documental-experimental sobre a rotina nesse “novo normal” com sua mãe. O filme foi finalista do Curta Quarentena e teve sua estreia no 24º FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul. Ele também participou da seleção oficial do MAX3MIN, na Itália, e do New Generation Film Festival, na Sérvia. Moinhos de Vento (2020, 4’), por sua vez, é o primeiro videoclipe da carreira de seu pai, o cantautor Zebeto Corrêa. O filme, passado ao revés, retrata a desmontagem de seu apartamento e as memórias dos afetos reveladas no processo de mudança. O clipe foi premiado com a Melhor Fotografia do Nos Vemos en 16:9, na Colômbia. Ele recebeu a menção honrosa do New Generation Film Festival, na Sérvia, e sua estreia aconteceu no Alpavirama Festival 2020, na Índia.

Ao longo de sua trajetória, Dani Drumond realizou experimentações também em outras plataformas além do vídeo, como a fotografia analógica e digital, a cianotipia, a fotogravura e a pintura em nanquim, que influenciaram diretamente trabalhos em vídeo, como o foto-filme Paulista (2020, 3’) e Dollmaker (2018, 3’). Este, um curta-metragem tomada única em Super8, foi exibido no Curta8 – Festival Internacional de Cinema Super 8, no Festival de Cinema Super8 de Campinas, na Mostra Eso es Analógico (Cidade do México) e no 5º Super OFF – Festival Internacional de Cinema Super 8, em que foi premiado como melhor filme pelo júri popular.

Como diretor de fotografia, assistente de montagem e color grader, Dani Drumond realizou Cantareira (2020, 23’), em parceria com o diretor Rodrigo Ribeyro. O filme é um curta-metragem ficcional que retrata a relação de Bento, trabalhador e morador do centro de São Paulo, e seu avô, que vive na Serra da Cantareira. Dirigiu também a fotografia do curta-metragem documental Handala (em processo de montagem), de Khaled Aldeek, que retrata a luta de uma musicista refugiada palestina moradora de uma ocupação em São Paulo. Foi montador da websérie “Última coisa que eu diria a você”, de direção de Gabriel Manso, e segue em atividade como filmmaker, diretor de fotografia e editor de vídeo.

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making of // MOINHOS DE VENTO | Zebeto Corrêa & Dani Drumond